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Tire suas dúvidas sobre a nova tarifa de ônibus

March 1, 2023

    A tarifa de ônibus em Curitiba será atualizada a partir desta quarta-feira (1/3).

    A URBS preparou respostas para algumas perguntas. Veja abaixo:

     

    Quanto era e quanto ficará o valor a tarifa do passageiro em Curitiba?

    Passa de R$ 5,50 para R$ 6. Um aumento de R$ 0,50

     

    Quando começa a valer o novo valor?

    A partir da zero hora desta quarta-feira (1/3).

     

    Quando é definido o reajuste?

    Por contrato, a tarifa deve ser reajustada em 26/2 de cada ano, ou ainda quando há desequilíbrio no contrato, levando em conta todos os custos do transporte.

     

    Por que a tarifa vai subir?

    Os custos do transporte aumentaram bem acima da média da inflação. O diesel, por exemplo, acumula alta de 16% desde fevereiro do ano passado. Peças e acessórios subiram 9,6%. No total, os custos do transporte coletivo aumentaram 13,3% no último ano. Mas o passageiro vai pagar R$ 6, que é a tarifa social, valor abaixo do custo real do sistema. Se fosse pagar o valor real, medido pela tarifa técnica, o usuário teria que desembolsar R$ 7.05.

     

    O que é tarifa técnica?

    É o custo do transporte dividido pelo número de passageiros pagantes equivalentes. Ela representa o valor real por passageiro pago às empresas de ônibus, a fim de manter o sistema em funcionamento.

     

    Como é definida a tarifa de ônibus?

    O valor final é resultado de uma série de custos e fatores. Na conta entram desde gastos com diesel e lubrificantes, salário dos motoristas e dos cobradores e os impostos trabalhistas, além de peças, manutenção da frota, limpeza dos ônibus, das estações-tubo e dos terminais e renovação da frota. Esses são os principais fatores que definem o valor da tarifa. Outra importante variável de cálculo da tarifa é a quantidade de passageiros pagantes.

     

    Quais os itens de custo que mais pesam no valor da tarifa?

    A folha de pagamento dos cobradores e motoristas e os encargos sociais são o que mais pesam: 42,29% do custo total da tarifa técnica. Em seguida vêm combustível e lubrificantes, que representam 22,13%.

     

    As isenções de pagamento de tarifa serão mantidas?

    Sim. São beneficiados por isenções asseguradas em lei idosos, pessoas com deficiência e estudantes (meia passagem).

     

    O que a Prefeitura faz para cobrir a diferença entre a tarifa técnica e a social?

    A diferença é custeada por subsídios. Neste ano, o subsídio necessário para cobrir o déficit é projetado em R$ 206 milhões, sendo R$ 66 milhões da Prefeitura de Curitiba (já previstos no orçamento). O restante deve vir do governo federal (por meio do pagamento da gratuidade dos idosos) e do convênio do governo estadual para a integração metropolitana.

     

    Qual o número total de passageiros transportados por dia?

    O sistema de Curitiba transportava, antes da pandemia, 744 mil passageiros pagantes por dia. Atualmente, esse volume está em 550 mil. Embora tenha crescido no pós-pandemia, ainda é 26% menor do que antes da chegada na covid-19. A expectativa é que esse número se estabeleça como o “novo normal”.

     

    As integrações com a Região Metropolitana serão mantidas? Será possível fazer a conexão entre as cidades pagando apenas uma tarifa?

    Sim. A rede integra Curitiba a 15 municípios da RMC. São 61 linhas que permitem a integração com ônibus da capital.

     

    Quantos passageiros da RMC entram no sistema de transporte curitibano sem pagar outra tarifa?

    São 2,25 milhões de passageiros por mês.

     

    Qual o impacto para o sistema de transporte e para o município caso a tarifa não seja reajustada?

    Caso não haja reajuste haverá desequilíbrio financeiro, comprometendo a operação toda. As empresas ficariam sem receber pelo serviço prestado, podendo ter como consequência o não pagamento de salários a motoristas e cobradores e eventualmente greves e paralisações.

     

    Essa instabilidade também seria complementada pela impossibilidade de renovação da frota, prejudicando a qualidade do transporte e aumentando os custos de manutenção dos veículos. Uma opção, hipotética, seria ajustar o sistema aos custos atuais. Neste caso seria necessário cortar o número de viagens, linhas e reduzir a quilometragem rodada, o que também resultaria em prejuízo da qualidade da prestação do serviço para a população.

     

    Os créditos no vale-transporte comprados antes da mudança da tarifa continuam valendo?

    São duas situações, para vale-transporte (cujos créditos são adquiridos pelo empregador para seus funcionários) e cartão-usuário. No caso do vale transporte, se o usuário tinha dez passagens a R$ 5,50 (R$ 55), ele continuará com o mesmo número de bilhetes e valor com prazo de carência de 30 dias para sua utilização. Após esse período, o desembolso será de R$ 6 por passagem. Para o cartão-usuário, carregado pelo próprio passageiro, o novo valor da tarifa, de R$ 6, já vale sobre os créditos já comprados, sem carência.

     

    Algumas linhas têm preço reduzido fora do horário de pico. Como fica essa tarifa e quais são as linhas?

    São 11 linhas, que terão o valor reajustado de R$ 4,50 para R$ 5. Esse valor é válido das 9h às 11h e das 14h às 16h e para pagamento exclusivo com o cartão-transporte usuário. As linhas são 212 Solar, 213 São João, 214 Tingui, 265 Ahú/Los Angeles, 461 Santa Bárbara, 965 São Bernardo, 661 V. Lindóia, 662 Dom Ático, 666 Novo Mundo, 860 V. Sandra e 870 São Braz.

     

    Fonte: URBS

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