Começou na segunda-feira, as primeiras obras físicas de implantação do Corredor BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) Ouro Verde. As obras serão concentradas na Avenida Ruy Rodriguez; e envolvem a construção da Estação de Transferência Santa Lúcia, na região em frente ao Hipermercado Extra Amoreiras, e a construção de uma ponte sobre o rio Capivari, no entroncamento com a Rua Antônia Ceregatti Albieri.
As duas obras estão dentro do trecho 2 do Lote 4 do BRT campineiro. O Lote 4 compreende os trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde. O Lote 4 faz a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 4 , que tem valor total de R$ 104,9 milhões, é o Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana).
Serão as primeiras obras do BRT campineiro que envolvem bloqueio viário constante. Até agora, as obras do Corredor Campo Grande e Corredor Perimetral estão concentradas no antigo leito desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
“Há tempos estamos fazendo o planejamento necessário para que os impactos no trânsito sejam os menores possíveis. Já traçamos uma rota alternativa para o motorista que não quiser trafegar pelo trecho em obras da Ruy Rodriguez. Também estamos realizando um intenso trabalho de comunicação com os moradores da região e a implantação de sinalização viária no local de obras”, revela o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, Carlos José Barreiro.
Obras
As duas obras físicas do BRT Ouro Verde serão realizadas em paralelo, com duas frentes de trabalho. A primeira frente ficará concentrada no corredor de ônibus da Avenida Ruy Rodriguez, em frente ao hipermercado Extra. A área de obras tem 340 metros lineares, onde será construída a futura Estação Santa Lúcia. O trecho total de obras tem 1,6 km.
No local foram colocados tapumes para impedir a circulação de pedestres. Os ônibus que passam pelo corredor, tanto no sentido Centro – bairro, como também no sentido bairro – Centro, foram desviados para as vias marginais.
Ao todo são 13 linhas afetadas. São elas: 116; 118; 121; 125; 130; 131; 132; 133; 134; 136; 140; 141; e 142. A frota de veículos é de 101 ônibus. Elas transportam em torno de 62,3 mil passageiros por dia. Foi desativado um ponto de parada em cada sentido; e posicionado na marginal, no mesmo sentido do ponto tradicional.
A outra obra ocorre no entroncamento da Avenida Ruy Rodriguez com a Rua Antônia Ceregatti Albieri. No local será construída uma ponte sobre o rio Capivari, no sentido Centro – bairro. Ao lado, já existe uma ponte, que será duplicada. Essa obra não afeta diretamente o viário, pois será realizada em trecho sem pavimentação.
Medidas operacionais
A Emdec programou diversas medidas operacionais para minimizar os impactos na circulação viária, na região. “Estamos tomando todo o cuidado para evitar grandes transtornos. Essa é a primeira obra do nosso BRT que interfere, diretamente, no viário. Por isso já planejamos uma rota alternativa para os motoristas”, afirma Barreiro.
A rota normal na região de obras tem 3,56 km de extensão. Como rota alternativa, a Emdec programou desvio, no sentido bairro – Centro, pelas vias: Antônia Ceregatti Albieri, Maria Anna Cremasca Levantesi, Amoreiras, João Batista Alves da Silva Telles, Fausto Elisiário Ciribelli, Nelly Bontore e novamente a Amoreiras. Esse caminho é pelo interior dos bairros que circundam a Ruy Rodriguez, com passagem ao lado do chamado “Tancredão”. No sentido inverso, Centro – bairro, a rota também é a inversa.
A rota de desvio tem 5,06 km. “Uma diferença de 1,5 km. Isso se reflete em menos de cinco minutos de tempo a mais de percurso, comparando os dois trajetos em condições normais de trânsito. Mas, quando comparado com o tempo perdido em possíveis lentidões e congestionamento na rota normal, acaba sendo bastante positivo para o motorista”, avalia o secretário de Transportes.
A Emdec também irá proibir o estacionamento e a parada de veículos nas marginais de Avenida Ruy Rodriguez, como forma de proporcionar maior fluidez ao tráfego. A via está sendo devidamente sinalizada sobre as obras. A rota de desvio também foi totalmente sinalizada. Agentes da Mobilidade Urbana da Emdec irão circular pela região, monitorando o trânsito.
A Avenida Ruy Rodriguez tem uma circulação média diária de 42,9 mil veículos.
BRT Campo Grande
As obras do Corredor BRT Campo Grande estão em pleno andamento e dentro do cronograma estabelecido. A concretagem do pavimento do trecho 1 do corredor já atingiu 3 km.
Em breve serão entregues obras de construção e revitalização de sistema viária na região da Vila IAPI, no entroncamento do primeiro trecho do Corredor Campo Grande com a Avenida John Boyd Dunlop e interligação com o Corredor Perimetral. O prefeito Jonas Donizette também irá assinar ordens de serviço para o início das obras de quatro estações: Rodoviária, Bonfim, Alberto Sarmento e Vila Teixeira.
Na semana passada, no dia 10 de abril, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e o prefeito Jonas assinaram Autorização de Início de Objeto (AIO), no valor de R$ 90 milhões, para trecho do Corredor Campo Grande. Do valor total da obra do BRT, de R$ 451,5 milhões, a Administração municipal já obteve R$ 390 milhões. Os R$ 60 milhões restantes estão em negociação de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF).
Dados Gerais
O BRT contempla estações de transferência e infraestrutura adequada; veículos articulados ou biarticulados; corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens; embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; e pagamento desembarcado. O sistema será mais seguro, rápido, eficiente e confiável.
O BRT Campo Grande terá 17,9 km de extensão, saindo da região central, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, Avenida John Boyd Dunlop, passando pelo Terminal Campo Grande e chegando ao Terminal Itajaí. Serão construídas 12 obras de arte (pontes e viadutos).
O BRT Ouro Verde terá 14,6 km de extensão, saindo da região central, seguindo pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, passando pelo Terminal Ouro Verde, Camucim até o Terminal Vida Nova. Nesse trajeto serão construídas quatro obras de arte (pontes e viadutos).
Entre os dois corredores haverá um corredor perimetral, chamado de BRT Perimetral, com 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.
Os três corredores BRT do município – Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral – tem custo total de R$ 451,5 milhões. Serão 36,6 km de corredores, com tempo total de obras de três anos, contados desde maio de 2017.
Lotes
A elaboração dos projetos executivos e realização das obras dos três corredores BRT foram divididas em quatro lotes.
Lote 1 compreende o trecho 1 do Corredor Campo Grande, que é a ligação entre a região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km; além de todo corredor perimetral, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. O valor total do lote é de R$ 88,9 milhões.
Lote 2: trechos 2, 3 e 4 do Corredor Campo Grande. Esses trechos contemplam a ligação da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, totalizando 13,6 km. O trecho 2 é da Vila Aurocan até a ponte sobre a Rodovia dos Bandeirantes, com 5 km. O trecho 3 compreende a ponte da Rodovia dos Bandeirantes até o Terminal Campo Grande, totalizando 6,4 km. E o trecho 4, do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí, totalizando 2,2 km. Responsável: Empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Valor total do lote: R$ 191,1 milhões.
Lote 3: trecho 1 do Corredor Ouro Verde, que liga a região central até a Estação Campos Elíseos, com 4,8 km de extensão. Responsável: Empresa Compec Galasso. Valor total do lote: R$ 66,5 milhões.
Lote 4: trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde, que compreende a ligação da Estação Campos Elíseos até o Terminal Vida Nova, totalizando 9,8 km de extensão. O trecho 2 vai da Estação Campos Elíseos até o Terminal Ouro Verde, com 5,7 km. E o trecho 3 liga o Terminal Ouro Verde até o Terminal Vida Nova, com 4,1 km. Responsável: Consórcio BRT Campinas (Artec; Metropolitana). Valor total do lote: R$ 104,9 milhões.
Fonte: Emdec
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