Para que um para-brisa seja trocado, o trem precisa ficar dois dias na oficina, o que representa menos 20 mil lugares para os passageiros.
A SuperVia inaugurou ontem, terça-feira (11), na Central do Brasil, uma exposição de para-brisas de trens vandalizados. A ação acontece até o dia 21/04, e tem como objetivo mostrar aos passageiros o prejuízo que atos de vandalismo causam às viagens de trem e ao investimento que a empresa tem feito no sistema ferroviário. Todos os 100 novos trens chineses em operação já tiveram os para-brisas danificados e em 2016 o valor total gasto na troca de para-brisas chegou a 1,3 milhão de reais.
Ao longo dos 270 quilômetros de linha férrea, são vários os obstáculos para a passagem do trem do Rio: pessoas e animais atravessando irregularmente a via por meio de buracos clandestinos; objetos e lixos despejados nos trilhos; veículos que desrespeitam a sinalização das Passagens em Nível oficiais; e pessoas que usam o trem como alvo para o arremesso de pedras. Para jogar objetos contra os trens em movimento, crianças e adultos invadem a linha férrea ou se posicionam sobre passarelas e viadutos.
Entre 2014 e 2016, foram mais de 400 substituições das peças. Só em 2017, já foram gastos mais de R$ 181 mil, e este ano ainda será gasto R$ 1,8 milhão com trocas já programadas de peças que estão danificadas. Além do grande gasto financeiro, o arremesso de objetos contra os trens causa prejuízos às viagens de milhares de passageiros. Para que a SuperVia substitua um para-brisa, é necessário que o trem fique na oficina por dois dias. Nesse período, o trem deixa de realizar uma média de 36 viagens, o que representa cerca de 20 mil lugares a menos para os passageiros.
A pessoa que atira pedras e outros objetos contra o trem comete crime previsto nos artigos 163 e 260 do Código Penal Brasileiro, e está sujeita a pena de 3 a 15 anos de prisão e multa. A SuperVia repudia ações como essas, que colocam em risco a segurança dos passageiros, prejudicam a operação dos trens e atrapalham o investimento de R$ 3,3 bilhões na revitalização do transporte ferroviário, juntamente com o Governo do Estado.
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